O Frame: Sebastião Salgado
“Não trabalho com a miséria, mas com as pessoas mais pobres. Elas são muito ricas em dignidade e buscam, de forma criativa, uma vida melhor. Quero com isso provocar um debate. A nossa sociedade é muito mentirosa. Ela prega como sendo única a verdade de um pequeno grupo que detém o poder”.
– Sebastião Salgado. Êxodos.
Conheci o trabalho do Sebastião em 2012, em sua exposição EXODUS. Fiquei extremamente encantando com seu olhar. A fotografia do Bastião é muito importante em minha jornada na fotografia, já que tenho um relacionamento muito especial com pessoas. Gosto muito de observar, conhecer, me relacionar e refletir sua alma em apenas um clique. Sua fotografia não se descreve, sente. E sentimos de um modo especial, que fez Sebastião ser reconhecido em todo o mundo, em tão poucos anos, como um fotógrafo muito especial.
Sebastião Salgado (1944) é um fotógrafo brasileiro considerado um dos maiores talentos da fotografia mundial pelo teor social em seu trabalho. Sua história é extremamente gigante e dificilmente conseguiria resumi-la em apenas uma coluna.
Salgado é conhecido por trabalhar com projetos fotográficos. Selecionei alguns que mais me marcaram.
Serra Pelada
Descoberta há 40 anos, em 1979, a mina de ouro de Serra Pelada, localizada no que hoje é a cidade de Curionópolis, no sudeste do Pará, chegou a receber 50 mil garimpeiros em seu auge. Salgado desembarca em 1986 com sua câmera e passa 33 dias naquela cratera aberta no Pará.
O que dizer desse metal amarelo e opaco que leva homens a abandonar seus lares, vender seus pertences e cruzar um continente a fim de arriscar suas vidas, seus corpos e sua sanidade por causa de um sonho?”
Genesis
Genesis é resultado de um trabalho realizado entre 2004 e 2012 em mais de 30 países nos quais o fotógrafo esteve incluindo lugares remotos para captar paisagens raras e povos isolados.
– Não fotografo para convencer ninguém.
Êxodus
A mostra Êxodos retrata a história de fuga de pessoas que, pressionadas por circunstâncias históricas, deixaram para trás a cidade natal. Em geral, são imigrantes, refugiados ou exilados que tentam escapar da pobreza, da repressão ou da guerra. “Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes”, define Salgado.
Alguns de seus livros
Documentário “O Sal da Terra”
Dirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, filho de Sebastião, conta cronologicamente a sua obra. Um documentário direcionado não somente para o público amante da fotografia, mas para todos que vêem a arte como uma função social.
Sebastião narra sua história em meio às suas fotos emblemáticas, antes de se tornar um dos mais famosos fotógrafos do mundo.
Documentário disponível no NOW-net
Isso é apenas um resumo, da brilhante história de Sebastião. Sem dúvidas um dos maior fotógrafos brasileiro. Na verdade, pra mim além de o considerar o maior brasileiro está entre o dez melhor do mundo. Te indico a ler seu livro biográfico e se permitir a aprofundar mais, em sua história.
Deixo aqui um grande abraço e mais uma indicação; Meu podcast @DIZAÍCAST disponível no iTunes e Spotify. Lá gosto de bater um papo com amigos e com você que está escutando, através de algumas reflexões sobre a vida.
att, Diego Ruahn
Essa é uma postagem pensada por Diego Ruahn e publicado em parceria com a ¥AS 31.