Retrato Falado – Marcos Almeida
Marcos Almeida sempre enxergou a vida com uma perspectiva que mistura poesia, filosofia e música. Natural de Belo Horizonte, ele cresceu fascinado pela sabedoria dos mais velhos. “Eu sempre pirei nessa coisa de querer ser sábio. Acho que nasci pra ser velho”, brinca. Inspirado por figuras como o Rei Salomão, ele aprendeu desde cedo que a arte pode ser um espaço para reflexão e resiliência.
A música, para Marcos, é uma forma de traduzir os dilemas da vida sem ignorar a dor, mas enxergando nela um processo de transformação. “Minha música busca ser boa para tempos difíceis. Ela fala do peso da existência, mas sem cair no fatalismo. É sobre olhar para as dificuldades sabendo que algo bonito pode surgir delas”.
Com uma trajetória que passeia por diferentes gêneros da música brasileira, Marcos acredita que a arte está sempre em movimento. “A nossa ancestralidade é feita de trânsito, de influências que atravessam oceanos e constroem algo novo. Toda pátria tem um estrangeiro”, reflete. Para ele, qualquer definição rígida sobre música nacional ou identidade cultural é uma limitação imposta.
As fronteiras são fictícias. Tudo está sempre sendo ressignificado”.
Seu álbum Calado é um exemplo dessa busca por novos olhares e significados. Inspirado pelo universo náutico, o disco mergulha na metáfora do mar e naquilo que não se vê, mas sustenta toda a jornada. “Quis falar do oceano pela perspectiva do barco, do que está submerso e invisível, como as relações humanas e os afetos”.
Dentro dessa construção poética, Marcos experimentou novas formas de composição e explorou as metáforas da navegação para falar sobre o peso que carregamos na vida. “O quanto do que eu levo comigo realmente faz sentido? O que é apenas um fardo desnecessário?” Seu single Leve traduz essa reflexão, propondo uma libertação das cargas que nos prendem.
Confira o vídeo da entrevista completa abaixo e acompanhe Marcos Almeida nas redes sociais: @oMarcosAlmeida. Descubra mais sobre sua visão artística e sua jornada musical.