André Vasco – Comunicador e artista

André Vasco, comunicador, artista e uma figura inquieta no cenário brasileiro, não é fácil de categorizar. Aos 40 anos, ele reflete sobre sua jornada multifacetada, marcada pela curiosidade insaciável e pela busca constante por novas experiências. “Eu nunca quis ser famoso. O que eu queria era sucesso, estabilidade e a sensação de criar algo relevante”, conta ele.
André cresceu em um conjunto habitacional de Guarulhos, sem grandes perspectivas, mas sempre com a vontade de se destacar. Seus pais lutavam para manter as contas em dia, o que o fez perceber, desde cedo, a importância de buscar oportunidades onde elas não estavam óbvias. “Eu sou um minerador da comunicação. Sempre cavei oportunidades onde os outros viam barreiras”, afirma.
Seu primeiro contato com o palco aconteceu aos 14 anos, na Orquestra Jovem, quando tocou no Teatro Municipal de São Paulo. Para um garoto que sofreu bullying e não se encaixava nos padrões tradicionais, estar no palco foi transformador. “Ali, percebi que entreter as pessoas com algo útil era meu caminho”, relembra. A partir desse momento, André começou a construir uma carreira que passaria pela publicidade, produção de TV e, finalmente, pela apresentação.
Minha vida é um equilíbrio constante entre criatividade e movimento. Estar em ação é o que me mantém vivo.”
Sua carreira na televisão passou por gigantes como MTV, Band e SBT, mas André nunca se acomodou. “Minha vida é feita de movimento. Eu não consigo parar. Saí da publicidade, fui pra agência, de lá pra TV, e assim continuo. Sempre buscando algo novo”, diz ele. Essa inquietude é o que mantém sua criatividade viva, mesmo em um mundo onde a conexão humana, segundo ele, está cada vez mais desafiada. “A gente vive num mundo superconectado, mas será que estamos realmente conectados? Estar presente é um presente, e isso é o que a gente tem que lutar para manter”.
Entre os muitos projetos atuais, André destaca sua sociedade na il Sordo Gelato, uma gelateria 100% inclusiva, onde todos os funcionários são surdos. “É uma experiência de comunicação em outro nível. Ali, você precisa olhar no olho, se conectar de verdade”. Para ele, esse tipo de iniciativa reflete seu compromisso em criar pontes e trazer inclusão através da comunicação.